FIRJAN ALERTA PARA AUMENTO DE 30% NO PREÇO DO GÁS MAS SE CALA DIANTE DO AUMENTO DE MAIS 100% NO PREÇO DO AÇO
A Federação das Industrias do Rio de Janeiro está alertando que o aumento de 30 % no preço do gás natural anunciado pela distribuidora Naturgy a partir de 1º de novembro vai reverberar negativamente na indústria. A empresa diz que é o repasse contratual trimestral da distribuidora com o fornecedor do gás. A Firjan, presidida por Eduardo Eugênio(foto), com mandato até 2024, defende que o aumento não será adequado exatamente na retomada da economia. Mas, aqui para nós, mesmo sendo provocada pelo Petronotícias, a Firjan não emitiu nenhuma opinião sobre os constantes aumentos no preço do do aço que está sem controle. Desde abril ele já subiu mais de 80% em algumas siderúrgicas, inclusive na CSN, afiliada da federação, e está previsto mais 15% de aumento também a partir de 1º de novembro. Neste caso específico, a Fiesp e a Fiemg, também fingiram que não viram. Nas distribuidoras o aumento passará acima de 105 %.
O impacto no preço do preço do aço na indústria do Rio de Janeiro é pelo menos 5 vezes maior do que o preço do gás. Uma palavra, um posicionamento da federação neste tema, seria importante. Ainda mais porque as siderúrgicas e seus distribuidores só estão se comprometendo para entrega do produto, a partir de fevereiro de 2021. A luta das federações deveria ser pelo fim da regulamentação do Dumping. Isso poderia abrir mais o mercado e garantir a entrega do aço no Brasil em menor tempo e quase pelo mesmo custo, devido ao preço do dólar. Por enquanto, as federações estão caladas. Mas se a Firjan levantou o problema deveria se pronunciar também em defesa de um equilíbrio no preço do aço. As chapas que em, abril quase R$ 3 reais o quilo, hoje passam de R$ 7 reais. Quem aguenta ?
Para o problema do gás, a federação está propondo uma solução em conjunto com Governo do Estado, Alerj e demais agentes do mercado, negociar junto à Petrobrás o parcelamento desse reajuste, para que os consumidores não sejam impactados de uma só vez. Tal proposta, segundo a Firjan, tem o potencial de impacto direto em cerca de 45 mil empregados das indústrias consumidoras de gás, além de também incluir residências e comércios e todo o segmento de combustíveis de gás natural veicular. Em nota, a Firjan diz que “Para muitas indústrias consumidoras de gás, o insumo representa mais de 30% do custo da planta. Por isso, dada a urgência do tema, a Firjan também encaminhou pedido à Agencia Reguladora Estadual (Agenersa) solicitando suspensão temporária do reajuste para que seja dado tempo hábil às negociações.”
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