PETROLEIROS ENTRARÃO EM GREVE A PARTIR DE AMANHÃ. PETROBRÁS CLASSIFICA O MOVIMENTO COMO “DESCABIDO”

86e9ca57fe14e9530ba4a42773112550_LEssa foi uma semana daquelas para a Petrobrás. Depois do incidente da P-70, agora os petroleiros de 13 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciaram que vão cruzar os braços a partir das 0h deste sábado (1º). Os trabalhadores estão reivindicando a revisão da decisão de fechar da fábrica de fertilizantes em Araucária, no Paraná (Ansa/Fafen-PR). Também estão exigindo o cumprimento de cláusulas de Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) da Petrobrás e suas subsidiárias, como a Ansa.

Mesmo com a greve, a FUP diz que os petroleiros vão manter o abastecimento de combustíveis, evitando transtornos para a população. A categoria alega que o fechamento da Ansa/Fafen-PR vai provocar a demissão de 1.000 pessoas. A Petrobrás diz que os desligamentos chegarão só a 396. A FUP afirma ainda que a cláusula 26 do ACT diz que a Petrobrás não promoverá despedida coletiva, motivada ou imotivada, nem rotatividade de pessoal (turnover), sem prévia discussão com o sindicato.

A entidade sindical também declarou que vão pedir que a Petrobrás cumpra outras negociações obtidas no fechamento do ACT, em novembro, que foi mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). “A empresa vem tomando decisões por conta própria e não negocia com a categoria questões como tabela de turno, banco de horas, plano de saúde e participação nos lucros, o que havia sido determinado pelo TST”, denunciou a FUP.

Do outro lado da história, a Petrobrás declaro que “considera descabido o movimento grevista anunciado pela FUP, pois as justificativas são infundadas e não preenchem os requisitos legais para o exercício do direito de greve”. A estatal afirma que os compromissos firmados no ACT estão sendo integralmente cumpridos.

Leia abaixo um trecho da nota enviada pela Petrobrás:

“Em relação à ANSA, a Petrobras reitera que se trata de uma empresa com gestão autônoma e Acordo Coletivo de Trabalho específico. Os empregados da ANSA não são empregados da Petrobras. Quando a Petrobras adquiriu a ANSA, todos já estavam no quadro daquela empresa, que manteve a sua personalidade jurídica própria.

É importante lembrar que a Petrobras e as entidades sindicais concluíram recentemente, em novembro de 2019, uma longa negociação para o Acordo Coletivo de Trabalho 2020, tendo como resultado, além da assinatura do próprio ACT, a criação desses fóruns para discussão de temas relevantes para os empregados. Ao anunciar mais um movimento grevista – em novembro e dezembro de 2019 também houve paralisação -, as entidades sindicais não demonstram intenção de buscar consenso e avançar por meio do diálogo.

A Petrobras reitera sua boa-fé negocial e permanece disposta a analisar as propostas que venham a ser recebidas dos sindicatos, nos termos e prazos acordados no TST. Reiteramos, ainda, o compromisso absoluto da companhia com a segurança das operações e o respeito às pessoas e ao meio ambiente; assim como o compromisso com o abastecimento ao mercado”.


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